domingo, 15 de agosto de 2010




Por estes dias, pegando aquele, absurdamente, velho e estraordinariamente lotado "Forene/Trapiche", sendo torturado com aquela coisa que tocam nas rádios populares e aparelhos celulares... relembrei e refleti profundamente sobre essa crônica... Confiram...



As Drogas (Crônica supostamente de Fernando Veríssimo)


Quero que você preste muita atenção... Não quero ver você nessa situação...

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "Experimenta, depois quando você quiser é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", da terra, que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do Chitãozinho e Xororó e em seguida um do Leandro e Leonardo. Achei legal, uma coisa bem brasileira;

Mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "amigo" e acabei comprando o bagulho pela primeira vez. Lembro que cheguei à loja e pedi: “Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.” Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... Banda Eva, Cheiro de Amor, Netinho, etc. Com o tempo, meu amigo foi me oferecendo coisas piores: O Tchan, Companhia do Pagode e muito mais.

Após o uso contínuo, eu já não queria saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes. Então, meu amigo me deu o que eu queria um CD do Harmonia do Samba. Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, razão do meu existir. Pensava só nessa parte do corpo, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e
você começa a querer cada vez mais, mais, mais...

Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show e ao encontro dos grupos Karametade e Só Pra Contrariar, e até comprei a Caras que tinha o Rodriguinho na capa. Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro. Meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo.

Não deu outra: entrei para um grupo de pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma música que não dizia nada, eu e mais outros 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorríamos e fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas Lojas Americanas e pedi a Coletânea “As melhores do Molejo". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!!!

Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas miseráveis e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, ao limiar da condição humana, quando comecei a escutar Popozudas, Bondes, Tigres, MC Serginho, Lacraias, Motinhas e Tapinhas. Comecei a ter delírio e a dizer coisas sem sentido.

Quando saía à noite para as festas, pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas que queriam me mostrar o caminho das pedras... Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser
dominado pela droga mais poderosa do mercado: Ki-Kokolexo.

Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: Doses cavalares de MPB, Bossa-Nova, Rock e Blues. Mas o médico falou que eu talvez tenha de recorrer ao Jazz, e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga.

Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam a visão para as coisas boas e te oferecem drogas. Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável, distante. Vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte:


1. Não ligue a TV no domingo à tarde;

2. Não escute nada qu e venha de Goiânia ou do interior de São Paulo;

3. Não entre em carros com adesivos "Fui...";

4. Se te oferecerem um CD, procure saber se o indivíduo foi ao programa da Hebe ou ao Domingo Legal do Gugu;

5. Mulheres gritando histericamente são outro indício;

6. Não compre um CD que tenha mais de seis pessoas na capa;

7. Não vá a shows em que os suspeitos façam passos ensaiados;

8. Não compre nenhum CD em que a capa tenha nuvens ao fundo;

9. Não compre nenhum CD que tenha vendido mais de um milhão de cópias no Brasil; e

10. Não escute nada em que o autor não consiga uma concordância verbal mínima.

Mas. principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela!!!! Eu sei que você consegue!!! Diga não às drogas!!


domingo, 1 de agosto de 2010

O Épico Suin da banda Los Hermanos

Essa banda carioca nasceu no final dos anos 90 (noventa), quando os colegas de universidade: Marcelo Camelo (Guitarra e Vocal), Rodrigo Amarante (Sopro, guitarra e Vocal), Patrick Laplon (baixo), Rodrigo Barba (Bateria) e Bruno Medina (Teclado) juntaram-se para tocar em festas universitárias.
No ano de 2000 (dois mil) eles são descobertos pelo grande mercado fonográfico através de um olheiro da Abril Music que possui forte ligação com a MTV, o que possibilitou a banda a produção do primeiro disco “LOS HERMANOS”, o clipe da balada “Anna Júlia”, aparições freqüentes na TV (inclusive apadrinhadas pela apresentadora “XUXA” ) e um conseqüente sucesso. Todavia essa fase mercadológica não é a favorita da banda, ao contrário, fez com que o grupo entrasse em crise que provocou a saída do baixista e a mudança de gravadora.
No carnaval de 2002, o grupo surpreendeu crítica e público com o lançamento do disco Bloco do eu sozinho editado com material reciclado e “gentilmente” chamado pela grande crítica de “Suicídio Comercial”; o disco é marcado pela influencia da MPB, Bossa nova, Música clássica e samba, as letras tornam-se mais poéticas e os integrantes trocam o visual ”Neo-boy-band” por rostos realistas e barbeados. A partir desse disco os caras desenvolvem o interessante costume de se trancar em um sitio para gravar os discos.
Em 2003 (dois mil e três) os Hermanos lançam “Ventura”, disco que reafirmou o processo de maturidade musical da banda e que concretizou o surgimento de um novo público do Rock Nacional, independente da grande mídia rádio-televisiva, entretanto, mais exigente que as massas que imortalizaram “Anna Júlia”. Considerado por muitos fãs o melhor disco da banda, nesse disco é confirmada a migração de guitarras para instrumentos alternativos; a influência de Samba e MPB e a presença marcante dos metais.
Em final de 2004, a banda lança “4”, último disco de músicas inéditas da banda, classificado por um crítico como “suicídio final”. O público foi mais uma vez surpreendido, agora com toques psicodélicos, hipocondríacos e surrealistas, acrescentada a marcante influência de Bossa Nova e o sumiço quase total dos metais.
Os Los Hermanos são heróis do rock brasileiro; diferenciam-se profundamente daquela geração de bandas que revolucionou os anos oitenta, todavia, destacaram-se em uma época marcada pelo melancólico cotidiano de mesmices mercadológicas, período recheado de canções vazias e sem sentido, ferindo essências do rock como atitude e a surpresa. Essa banda se diferenciou por ousar desafiar o cotidiano com suas misturas de elementos musicais, letras poéticas e sonoridade singular, tornando-se a banda de maior influência para bandas novas e até de estrada... Ressuscitando o Rock da primeira metade dos anos 2000!!!
Um dos momentos mais memoráveis da história dessa banda foi o último morche da última turnê do último disco um tal DAMINISMO, após reverenciar a banda conjugou pela última vez o verbo Morchar da história dessa banda!

P.S.: Morche é um salto dado em direção ao público.
P.S.2: Niguém ficou embaixo para o segurar...

domingo, 25 de julho de 2010

F1: A GLOBALIZAÇÃO DA PICARETAGEM!




Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina
Querem te matar a sede, eles querer te sedar
Eles querem te vender, eles querem te comprar"
(Engenheiros do Hawaii)

Manhãs de domingo, outrora tão gloriosas para os amantes do automobilismo, saudosos tempos de Senna, Piquet, Alesi, Prost... sim... O mundo não é o mesmo ou somos nós que não acordamos antes!?! Pois que a F1 (principal modalidade automobilística do mundo) mostrou novamente sua verdadeira face, num ridículo jogo de cartas marcadas de um baralho vendido.

Nada mais comum para um esporte financiado pelas maiores empresas do mundo, as mesmas multinacionais que exploram diariamente mais de 1 bilhão de trabalhadores no mundo; a mesma Formula 1 que durante meio século vendeu, ofereceu a formula perfeita para a morte lenta e miserável, exposta em seus carros em troca de trocados... muito dinheiro... Falo da propaganda de cigarros. A F1 é amante incondicional da moral do vale tudo por dinheiro!

Como todo esporte convertido a negócio, o automobilismo via F1 sempre foi alvo de suspeitas. Mas as brilhantes e emocionantes disputas sobretudo até meados da década de 90 sempre despistaram práticas de "os fins justificam os meios".

Nada surpreendente que a F1 do maucaratismo recompensasse um dos maiores sacanas da historia do Esporte mundial com sete títulos mundiais: Trato de Michael Shumacher que em seu primeiro título mundial bateu de propósito em Damon Hill.

Quis ainda a picaretagem que o time com maior fãs no mundo do automobilismo, a Ferrari fosse casa perfeita para pilantras como Scumacher. Que amante do esporte esquece aquele grande prêmio da Austria de 2002 quando Barrichello a mando da Ferrari abriu para vitória do alemão; astúcia do Rubens abrir daquela forma, para que todo o mundo visse, como em uma denúncia de um circo sem cor, a verdadeira F1.

A perda de Michael não abalou a Ferrari, que correu em busca de um picareta a altura... e em contrapartida faturar um patrocínio fora de séria na atualidade com o Santander; mistura perfeira Banco & Picaretagem. Banco de bandeira espanhola favoreceu a contratação do picareta do momento... Alonso das Astúrias, ou melhor de Cingapura....

Alonso é mesmo um substituto a altura de Shumacher: Oportunista, sínico.... No final da corrida ele ironizou a situação de Massa “...Nossa, mas e o Massa... ele está bem??? Ele perdeu a marcha não é???”!!!

Também não podemos tirar aqui a responsabilidade de Massa, que, se em determinado momento da corrida deixou explicito a picaretagem deste circo, outrora tirou a responsabilidade da Ferrari “foi uma decisão minha”!, argumentou o piloto horas após reunião com a cúpula da Ferrari.

VERMELHO FERRARI, VERMELHO VERGONHA!

Essa é a verdadeira F1, que nós acordamos para assistir e financiar com nossa audiência nas matinais de domingo... pra nos sacanear, enganar e cuspir fora... esperar o que de uma modalidade vendida, sem preceitos e adepta da moral do vale tudo... A F1 é a cara do capitalismo... é a cara da globalização: Escuderia italiana celebrada em todo o mundo; patrocinador e piloto espanhóis; e um capitulável do terceiro mundo.... Airton, sentimos sua Falta!

segunda-feira, 10 de maio de 2010


A DITADURA MILITAR ESTÁ LOGO AQUI...


Nobre leitor, já dizia O CARA sobre o Brasil "...um museu de grandes novidades antigas". mudam-se o rótulos mas o produto é o mesmo. Assim acontece ao tratamento dado aos movimentos sociais e a liberdade de expressão, como no caso da repressão aos estudantes que lutam contra a privatização do Ensino Público.

Historicamente, a ação dos Movimentos Sociais representa algo indispensável a chamada “Redemocratização” do Brasil; elemento substancial para a conquista das pequenas liberdades, básicas para o desenvolvimento da sociedade, como o direito a educação e a saúde; corpo decisivo na luta contra o machismo, a homofobia, xenofobia e exploração do homem pelo homem. .

Apesar disso, o movimento estudantil, nacionalmente e localmente, vem sofrendo processos de repressão dignos da ditadura militar. Gestores públicos, que dizem reivindicar a luta histórica da liberdade de expressão, pela democracia, abraçam explicitamente a hipocrisia veludada na tradição da contradição, perseguindo aqueles que lutam por uma educação pública, gratuita e de qualidade.

É o que acontece com os lutadores contra o REUNI (Reforma Universitária). Na UFAL, os estudantes Flavio Falcão, Kyvia Murta e Lee Flôres; eleitos pela Reitoria de Ana Deyse bodes expiatórios do Movimento que envolveu Universitários e Secundaristas e que em 2007 travou uma luta política contra a Reforma que vem transformando a UFAL em um escolão, intensificando a falta de professores, estágios e até mesmo sala de aula, entre outras malificias.

Os estudantes, armados com faixas, apitos e palavras em companhia de alguns funcionários, foram brutalmente agredidos pela SERVIPA segurança privada a mando da Reitoria de Ana Deyse. Esta atitude tirana não foi o bastante a Reitora, que processa os estudantes por desempenharem o dever de defender o patrimônio Público que é o ensino e a Universidade de qualidade. Confira o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=sXPeVbGYRoM

É urgente movimentar-se contra essa ação fascista da reitoria, recentemente foi publicada nos maiores jornais do Estado matéria desmoralizante, que agride não somente os estudantes indiciados, mas sim, a liberdade política, a democracia o direito de expor suas idéias, ou seja, o direito de todos. Essa situação provoca os limites da chamada "redemocratização", os estudantes ainda são tratados não como sujeitos da história, mas como "Subvesivos do Imoralismo". O momento é crucial para a Universidade: Liberdade ou Ditadura!


P.S.: Foi construído um comitê contra a repressão abragendo no momento estudantes da UFAL. As reuniões são feitas todas as sextas, às 16h, na praça do Restaurante Universitário.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cordel do Big Bosta Brasil e Pedro Bostal!



CORDEL DO BIG BROTHER BRASIL
Autor
: Antonio Barreto,

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA,
residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.



Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira..

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual..

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

sábado, 30 de janeiro de 2010

XVIII ENEG: Vícios e Virtudes do Mais do Mesmo.

Foi realizado em meados do desse mês de janeiro, o XVIII Encontro Nacional de Estudantes de Geografia - ENEG. O encontro que guardava em si, uma grande expectativa de mudanças foi marcado por uma injeção cavalar de mais do mesmo.

UM ENCONTRO NÔMADE
Para se fazer um balança do ultimo ENEG é necessário uma releitura de sua construção. O XVIII ENEG foi marcado a priori para a cidade de Curitiba, impossibilitada por falta de hospedagem, posteriormente tentou-se levá-lo ao interior do Paraná... sem sucesso. Após uma longa discussão e espera candidata-se Vitória, que em pouco tempo desistiu do projeto. Diante disso... coube aos Malucos de Maceió “salvar” o evento em um prazo de cinco meses, com pouca experiência e grandes dificuldades!
Ah as dificuldades... falta de apoio da Reitoria da UFAL e o Poder Público Local, das Executivas Regional e Nacional, até mesmo do Epidêmico Movimento Estudantil de Geografia de Alagoas.... Basta ressaltar que desde meados da organização do encontro, problemas pessoais entre a Atual Gestão do Centro Acadêmico e o grupo que sobreviveu a Gestão Anterior sobreporam-se as questões políticas.

UMA ARCA SEM DIREÇÃO E A CAMINHO DE UM NAUFRAGO
Pior que isso, além de boicotar o evento. Além de não participar da construção do ENEG o a atual gestão do CAGEO (salve exceção de um diretor e uma pessoas do Apoio) boicotou os espaços do evento, ficando o CAGEO=UFAL sem intervenção, e muito mais do que isso, uma ação ao meu entender ingênua e inaceitável para uma gestão de CA, desconstruiu o evento, promovendo viagens turísticas em pleno ENEG! Faz-se necessário, urgentemente, uma formação básica da gestão do CAGEO-UFAL para dar-se um giro na política sectária que o grupo vem seguindo, e que no momento o leva a uma desmoralização nacional... o presente realmente não repete mais o passado, ele piora.

AO ANDAR DA CARRUAGEM...
O encontro aconteceu com grande dificuldades, mas a estrutura foi relativamente melhor do que as últimas edições, em Salvador, Cárceres e Porto Velho. O número de participantes surpreendeu, entorno de 2.500 pessoas (1.000 a mais do que a expectativa) a maioria destas adeptas da filosofia "Encontro para se encontrar". a galera que acha que em vez de está em um encontro na univesidade, estavam num hortel, de férias. Infelizmente um grupo destes, voltando de uma visita turística a Porto de Galinhas, sofreu um acidente de carro, falecendo um estudantes carioca no local. Outro ponto lamentável foi o assalto a um estudante do Maranhão, um colega de delegação reagiu... sendo baleado por um dos assaltantes por sorte... poderia ser assassinado, mas o assaltante não quis. As culturais pela noite garantiram a volta dos geoturistas do dia, mas não a evasão nas plenárias.

PLENÁRIAS E REUNIÕES DA ASSEMBLEIA DE DEUS...
As plenárias e espaços de Discussão, em geral começaram bem... mas terminavam tão vazias quanto um reunião da Assembléia de Deus. O grau de alienação também era por ai. Faz muito tempo que não vou aos espaços da UNE.... cresci... abandonei os espaços da UJS, mas, quem diria ver grupos dos quais alguns metralham a UJS mas abraçam a mesma política burocrata tão conhecida... funciona assim: Você forma um grupinho maior que o grupo rival na disputa política... ai deixa-se os pontos relevantes para o final da Pauta; enquanto isso você vai alongando a discussão com coisas bobas, como o papel higiênico que molhou, o chuveiro que quebrou, a comida que demorou... ganhando algumas horas, e expulsando os estudantes em discuta política da plenária, depois de umas quatros horas de plenária, vota-se as questões relevantes... e o grupinho de 10, 30 estudantes vota pela plenária. Lamentável. Lamentável o Contexto do ME de Geografia, se eu fosse um cara a conhecer o movimentos do MEGEO, eu caia fora, longe da Ditadura burocrática que diz ter compromisso com a mudança mais inviabiliza a democracia dos espaços, espirram só em pensar na reforma desse labirinto que é o estatuto da CONEEG, ou ainda mais um congresso para organizar esse forró do borogodó que é a dita Gestão Participativa... onde todo mundo dá nome pra tudo e no final quase nada é concretizado... e tudo continua com o mais do mesmo.

Quanto a apresentação de trabalho, houve um grande número de trabalhos, houveram excelentres trabalhos, mas nem todos acompanhados de qualidade... parece que o enviar pelo lattes... ainda domina... discutir curriculo assim... o reflexo disso é o esvaziamentos dos espaços, os "acadêmicos" apresentam e vão embora... Já, pelo que foi repassado, as aulas de campo foram bastante produtivas, o pré-campo e o campo funcionaram muito bem, o pós teve muita dificuldade, talvez pelo cansaço da galera. Destaca-se como ponto lamentável a expulsão de um grupo de um Museu (Floriano Peixoto) de forma absurda... "Barrados no Museu" que ganhará filme, a extupidez do Sr. Francisco Júnior, responsável pela absurda expulsão ficará famosa... quem sabe ele ganhe o prémio "Idiota do Ano"!

Bem a quem diga que o ENEG não acabou, pois a ressaca... tem muita coisa pra ser resolvida, então não posso gastar mais tempo... agradeço a todos que construiram o ENEG, em especial a galera que fez campo comigo, e em geral, valeu a paciência e Até a próxima!