sábado, 30 de janeiro de 2010

XVIII ENEG: Vícios e Virtudes do Mais do Mesmo.

Foi realizado em meados do desse mês de janeiro, o XVIII Encontro Nacional de Estudantes de Geografia - ENEG. O encontro que guardava em si, uma grande expectativa de mudanças foi marcado por uma injeção cavalar de mais do mesmo.

UM ENCONTRO NÔMADE
Para se fazer um balança do ultimo ENEG é necessário uma releitura de sua construção. O XVIII ENEG foi marcado a priori para a cidade de Curitiba, impossibilitada por falta de hospedagem, posteriormente tentou-se levá-lo ao interior do Paraná... sem sucesso. Após uma longa discussão e espera candidata-se Vitória, que em pouco tempo desistiu do projeto. Diante disso... coube aos Malucos de Maceió “salvar” o evento em um prazo de cinco meses, com pouca experiência e grandes dificuldades!
Ah as dificuldades... falta de apoio da Reitoria da UFAL e o Poder Público Local, das Executivas Regional e Nacional, até mesmo do Epidêmico Movimento Estudantil de Geografia de Alagoas.... Basta ressaltar que desde meados da organização do encontro, problemas pessoais entre a Atual Gestão do Centro Acadêmico e o grupo que sobreviveu a Gestão Anterior sobreporam-se as questões políticas.

UMA ARCA SEM DIREÇÃO E A CAMINHO DE UM NAUFRAGO
Pior que isso, além de boicotar o evento. Além de não participar da construção do ENEG o a atual gestão do CAGEO (salve exceção de um diretor e uma pessoas do Apoio) boicotou os espaços do evento, ficando o CAGEO=UFAL sem intervenção, e muito mais do que isso, uma ação ao meu entender ingênua e inaceitável para uma gestão de CA, desconstruiu o evento, promovendo viagens turísticas em pleno ENEG! Faz-se necessário, urgentemente, uma formação básica da gestão do CAGEO-UFAL para dar-se um giro na política sectária que o grupo vem seguindo, e que no momento o leva a uma desmoralização nacional... o presente realmente não repete mais o passado, ele piora.

AO ANDAR DA CARRUAGEM...
O encontro aconteceu com grande dificuldades, mas a estrutura foi relativamente melhor do que as últimas edições, em Salvador, Cárceres e Porto Velho. O número de participantes surpreendeu, entorno de 2.500 pessoas (1.000 a mais do que a expectativa) a maioria destas adeptas da filosofia "Encontro para se encontrar". a galera que acha que em vez de está em um encontro na univesidade, estavam num hortel, de férias. Infelizmente um grupo destes, voltando de uma visita turística a Porto de Galinhas, sofreu um acidente de carro, falecendo um estudantes carioca no local. Outro ponto lamentável foi o assalto a um estudante do Maranhão, um colega de delegação reagiu... sendo baleado por um dos assaltantes por sorte... poderia ser assassinado, mas o assaltante não quis. As culturais pela noite garantiram a volta dos geoturistas do dia, mas não a evasão nas plenárias.

PLENÁRIAS E REUNIÕES DA ASSEMBLEIA DE DEUS...
As plenárias e espaços de Discussão, em geral começaram bem... mas terminavam tão vazias quanto um reunião da Assembléia de Deus. O grau de alienação também era por ai. Faz muito tempo que não vou aos espaços da UNE.... cresci... abandonei os espaços da UJS, mas, quem diria ver grupos dos quais alguns metralham a UJS mas abraçam a mesma política burocrata tão conhecida... funciona assim: Você forma um grupinho maior que o grupo rival na disputa política... ai deixa-se os pontos relevantes para o final da Pauta; enquanto isso você vai alongando a discussão com coisas bobas, como o papel higiênico que molhou, o chuveiro que quebrou, a comida que demorou... ganhando algumas horas, e expulsando os estudantes em discuta política da plenária, depois de umas quatros horas de plenária, vota-se as questões relevantes... e o grupinho de 10, 30 estudantes vota pela plenária. Lamentável. Lamentável o Contexto do ME de Geografia, se eu fosse um cara a conhecer o movimentos do MEGEO, eu caia fora, longe da Ditadura burocrática que diz ter compromisso com a mudança mais inviabiliza a democracia dos espaços, espirram só em pensar na reforma desse labirinto que é o estatuto da CONEEG, ou ainda mais um congresso para organizar esse forró do borogodó que é a dita Gestão Participativa... onde todo mundo dá nome pra tudo e no final quase nada é concretizado... e tudo continua com o mais do mesmo.

Quanto a apresentação de trabalho, houve um grande número de trabalhos, houveram excelentres trabalhos, mas nem todos acompanhados de qualidade... parece que o enviar pelo lattes... ainda domina... discutir curriculo assim... o reflexo disso é o esvaziamentos dos espaços, os "acadêmicos" apresentam e vão embora... Já, pelo que foi repassado, as aulas de campo foram bastante produtivas, o pré-campo e o campo funcionaram muito bem, o pós teve muita dificuldade, talvez pelo cansaço da galera. Destaca-se como ponto lamentável a expulsão de um grupo de um Museu (Floriano Peixoto) de forma absurda... "Barrados no Museu" que ganhará filme, a extupidez do Sr. Francisco Júnior, responsável pela absurda expulsão ficará famosa... quem sabe ele ganhe o prémio "Idiota do Ano"!

Bem a quem diga que o ENEG não acabou, pois a ressaca... tem muita coisa pra ser resolvida, então não posso gastar mais tempo... agradeço a todos que construiram o ENEG, em especial a galera que fez campo comigo, e em geral, valeu a paciência e Até a próxima!

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